Lembra da tal história de levar vantagem em tudo? Pois é, a gente já sabe que não funciona. Quer tentar? Continue, mas uma hora “azeda a maionese”.
O mercado brasileiro, aquele que tinha gente “baratinha”, sobrando, não existe mais. No passado, muitos jovens deixavam de freqüentar uma universidade porque não tinham recursos financeiros, quer para pagar a mensalidade ou mesmo para sair da sua cidade em busca do curso de seus sonhos. A realidade mudou. A quantidade de faculdades e vagas cresceu muito. É verdade que não faltam críticas à qualidade, mas também não podemos deixar de considerar que há uma abertura do mundo aos jovens com a carga de informações que recebem, quer no mundo acadêmico, com seu complemento em pós-graduação, e mesmo na internet.
Os formandos e os formados, com seus cartuchos embaixo do braço, têm expectativas e querem realizá-las. Estas estão ligadas aos trabalhos que possam desenvolver e aos valores que possam receber.
Muitos, enquanto estudam, aceitam trabalhos sem expectativas de crescimento e valores suficientes para pagar seus estudos, mas uma vez concluídos os cursos, seguem em busca de condições mais interessantes.
Na outra ponta estão as empresas e seus gestores, lutando para que estas cresçam ou no mínimo se mantenham vivas. Qual o objetivo de ambos? Realização técnica e financeira! O profissional tem reclamado que ganha pouco, e o empresário que o retorno do capital tem se mostrado irrisório.
O profissional está em busca de alguém que lhe pague um bom valor para que faça o que sabe, e o empresário alguém que aceite o mínimo possível para que desenvolva o trabalho que pede.
Uma diarista, cobrando R$ 80,00 por dia, em 20 dias de trabalho ganha R$ 1.600,00, pergunto: qual o menor valor que um empresário pode esperar pagar para uma pessoa com bacharelado?
Hoje, há uma série de trabalhos que podem ser desenvolvidos sem necessidade de uma faculdade, que permite ao trabalhador um ganho interessante. É necessário treinamento técnico e habilidade, evidentemente.
Esse profissional, que tem possibilidades de ganhos superiores, precisa corresponderem, mas também tem expectativas que precisam ser atendidas. Ocorre que essa conversa entre contratante e contratado não tem acontecido como deveria. A oportunidade surge no processo seletivo, depois se estabelece uma relação de sobrevivência. Com isso, o empreendimento que precisa da sinergia e empenho de ambos, não os recebe, e não se desenvolve, e ambos vivem loucos porque ganham pouco.
Michele Barbosa Ribeiro - 435
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