É necessário investir na qualidade de vida dos
funcionários.
Marcelo
Almeida é administrador de empresas especializado em Recursos Humanos e
Desenvolvimento Humano, conferencista, diretor de Recursos Humanos da Brasil
Consultoria e do Instituto Marcelo de Almeida Desenvolvimento Humano e
Qualidade de Vida, foi contratado recentemente pela Fosfertil-Ultrafertil para
que todos os funcionários da empresa e suas famílias sejam motivados nos
quesitos saúde e relacionamento profissional e pessoal. “Instruir os
funcionários sobre como alcançar melhor qualidade de vida agrega muitos
benefícios às empresas. Os colaboradores se sentem mais motivados, reconhecem
que a empresa está preocupada com seu bem-estar, o que aumenta sua
produtividade; há uma redução de custos com relação às doenças de trabalho;
estreita-se o relacionamento interpessoal dentro da empresa, facilitando
processos; os funcionários se sentem estimulados a buscar, em seguida, um maior
aperfeiçoamento profissional, o que acaba revertendo numa equipe com melhor
formação profissional”, explica Almeida.
No caso
desta empresa, trata-se de um programa de promoção de saúde e qualidade de
vida, que visa o bem-estar não só dos colaboradores da empresa, mas também de
seus familiares. “Todos os nossos 2.500 funcionários e seus familiares
participam mensalmente de palestras motivacionais e, principalmente, de
atividades de sensibilização para a busca do equilíbrio, da saúde, do bem-estar
e da harmonia familiar.” Além das palestras, a empresa oferece atividades
esportivas, brindes, mensagens, encontros e cursos. “O programa foi elaborado e
personalizado para as necessidades da empresa, levando em consideração uma
série de pesquisas de cultura e clima e as percepções de consultoria, de
recursos humanos e das assistentes sociais contratadas para dar suporte ao
programa”, diz. Os principais temas abordados em 2002 foram auto-estima,
relações humanas, drogas, alcoolismo, estresse, esportes, fumo e planejamento
de vida.
Quando
questionado sobre o motivo que está levando as empresas a investirem cada vez
mais na qualidade de vida dos seus funcionários, Almeida levanta três
justificativas:
1. Um profissional saudável, que se sente bem no ambiente de
trabalho, produz muito mais do que aquele que não se sente bem. E esta
produtividade é tanto em termos qualitativos (melhor relacionamento,
atendimento ao cliente, clareza mental, comunicação, motivação e confiança)
como em termos quantitativos (aumento de vendas, redução de desperdícios e
acidentes de trabalho).
2. O papel do departamento de recursos humanos de uma empresa é
atrair, desenvolver e reter talentos, e uma empresa que não tem um ambiente
favorável tem o prejuízo de contratar, desenvolver e no final perder o seu
colaborador para outras empresas que oferecem até as mesmas condições
financeiras, benefícios e desafios, mas que vão além, oferecendo também um
clima onde a saúde e a qualidade de vida dos funcionários estão inseridas na
cultura da empresa.
3. Uma empresa que acumula estresse negativo acaba reduzindo sua
produtividade e perdendo dinheiro. Empresas americanas perdem, por ano, cerca
de U$ 150 bilhões com o estresse no trabalho, o que inclui absenteísmo,
“presenteísmo” (estar na empresa com a cabeça em outro lugar), desmotivação,
doenças, afastamentos, acidentes e conflitos interpessoais. Tudo isso mina o
resultado das organizações.
A saúde e
a alimentação dos funcionários são os benefícios que as empresas costumam
priorizar, o que pode ser feito de duas maneiras: conscientizando os
colaboradores de que a saúde é um patrimônio de valor inestimável e que a
alimentação está entre os 40% dos fatores que mais matam ou invalidam pessoas
em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde, e utilizando
ferramentas (palestras, cursos e técnicas) que dão suporte psicológico e
maturidade disciplinar para mudanças de hábito.
Já para
melhorar o relacionamento pessoal e familiar dos colaboradores, uma das saídas
é o desenvolvimento da empatia, que nada mais é do que a habilidade de se
colocar no lugar das outras pessoas, compreendendo-as e influenciando-as com
elegância e sutileza. Um bom relacionamento se mantém com confiança, diálogo
aberto, sinceridade, integridade e ética.
Caio Ribeiro da Silva – 820
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