A motivação vai além do salário.
Uma pesquisa realizada em empresas mostrou que, mais
do que o salário, o que motiva os profissionais a saírem de casa todos os dias
para pegar no batente é o bom ambiente de trabalho.
Por Camila Passetti
Para a maioria dos brasileiros, a grande motivação
para acordar cedo e sair de casa para trabalhar é o ambiente saudável no
emprego. O estudo, realizado recentemente pelo portal Trabalhando.com, revela
ainda que, em geral, os profissionais preferem ser reconhecidos pelo desempenho
a ter um salário alto.
Dos 390 entrevistados, 52% disseram que a convivência
harmoniosa com colegas e chefes afeta tanto o lado profissional quanto o
pessoal e influi na motivação; 22% acham importantes as oportunidades de
promoção; 14% a possibilidade de aumento salarial; 5% o status da empresa e 7%
apontaram motivos diversos.
A coach Lucila Ferraz Marques tem observado, na
prática, entre os jovens profissionais, os resultados desse levantamento.
''Mais do que o salário, a forma como o jovem é reconhecido, o que ele pode
mostrar aos outros, sua posição, a nomenclatura do cargo, são importantes. Até
mesmo porque, com as redes sociais, a visibilidade é muito maior'', afirma.
Para Lucila, essa importância dada ao bem-estar e
ao ambiente de trabalho saudável está bem de acordo com o perfil das novas
gerações que, segundo ela, priorizam antes de qualquer coisa a qualidade de
vida.
''Muitas vezes, os jovens não gostam nem de levar
bronca e nem de qualquer chateação, o que é muito diferente do que as gerações
anteriores estavam acostumadas'', diz ela.
No dia a dia, Lucila constata que o jovem quer ter
prazer no trabalho, como na vida em geral. ''Ele tem outras coisas para fazer,
como ir a festas, à academia, ao cinema, sair com os amigos, namorar... Por
isso, prioriza ter essas outras atividades também''.
Bom ambiente, alta produtividade
''Hoje, a inter-relação dentro de uma empresa é
muito importante. O chefe está muito mais próximo de sua equipe. O profissional
gosta de participar, e, quando ele coopera, o ambiente de trabalho fica muito
melhor. E é fato que o ambiente bacana e tranquilo faz o trabalho fluir muito
mais'', afirma Lucila.
Mas ela alerta que essa liberdade não deve ser
confundida com licença para relaxar nas tarefas e funções. É preciso ter bom
senso e saber dividir lazer e trabalho, ressalta. Um bom exercício é aprender a
usar de forma adequada as redes sociais, evitando bater papo com os amigos na
hora do expediente.
O valor da experiência
O resultado da pesquisa e as suas observações fazem
Lucila constatar também que os jovens precisam valorizar o aprendizado do dia a
dia, além do conhecimento técnico procurado nos cursos de especialização, nos
MBAs.
''Eles estão muito mais focados em informação e
formação, que oferece conteúdo técnico. Mas a rotina é cheia de surpresas. E o
jogo de cintura para lidar com elas só se tem quando já se experimentou certas
coisas na vida. É preciso saber valorizar isso também, além do status e do
salário'', ressalta.
Fonte : www.bradescouniversitarios.com.br
Caio Ribeiro - 820
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