segunda-feira, 29 de outubro de 2012


A capacidade de aprendizagem de uma organização é sua maior vantagem competitiva. Como podemos tornar nossas empresas mais inteligentes ?

Por Samara Teixeira

O mundo corporativo encontra, cada vez mais, desafios de liderança e de mercado. A busca por ações que agreguem valores, os quais, irão tornar as empresas mais competitivas e sólidas em tempos de mudanças e inovações, faz-se questionar como podemos trabalhar com inteligência em meio a este cenário misterioso e atraente.

A maneira como as organizações estão se comportando é a grande discussão, pois as organizações devem se preocupar com as tendências de consumo. Para o professor Adriano Gomes, do curso de Administração da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), atravessamos as eras agrícola, industrial, de serviços e do conhecimento e, atualmente, vivemos a era que se denomina era da Biociência, onde o conhecimento aplicado ao bem-estar, qualidade de vida e longevidade do ser humano são os elementos fundamentais.
O grande desafio é fazer com que as corporações percebam que estão atuando em eras passadas, e não enxergando a nova era em questão.  “O caso brasileiro, então, é preocupante. A maior parte das companhias de grande potencial econômico ainda estão alinhadas a valores da era industrial, e nem sequer atingiram a era do conhecimento”, afirma Gomes.

Os desafios da liderança no desenvolvimento empresarial:
No intuito de não atrasar o desenvolvimento e crescimento de seus negócios, as lideranças estão, cada vez mais, agindo de forma agressiva e passando isso aos colaboradores. “Algumas corporações estão optando por análises reducionistas que simplifiquem o contexto e permitam decisões rápidas na base binária, ou seja, sim ou não”, explica Luiz Algarra, designer de fluxos com foco em inteligência colaborativa. Outras, estão adquirindo e processando mais informações, tentando capturar o momento presente e as tendências futuras, mas, geralmente, não conseguem aplicar as análises e acabam fazendo “mais do mesmo”.

Os principais equívocos das lideranças estão na falta de habilidade em aceitar ideias e dialogar com seus públicos internos e externos. “O líder tenta resolver tudo sozinho tomando decisões a partir de sua experiência e ponto de vista. Os gestores das empresas entendem que, de algum modo, a organização espera que venha deles a resposta, e então assumem este papel que, nos dias de hoje, é praticamente inviável”, afirma Algarra.
É perceptível que existe a falta de conhecimento sobre gestão em todas as áreas, e os proprietários e gestores tendem a serem aconselhados por amigos e conhecidos que, na maior parte das vezes, não têm a devida capacidade e conhecimento sobre o caso. Soluções rápidas e de baixo custo são as prediletas e, obviamente, serão também as menos indicadas para problemas de natureza complexa. “As empresa teimam em pronunciar que ‘na prática, a teoria é outra’, sendo que, a verdade é que ‘na prática, a teoria é a mesma’”, afirma Gomes.

Inteligência é a capacidade de resolver problemas, e dificuldades toda empresa terá em qualquer tempo, sendo eles mais ou menos complexos. Assim, para tornar uma empresa inteligente é fundamental que, em primeiro lugar, seja identificado o verdadeiro problema.

Dar respostas é infinitamente mais fácil que formular uma pergunta – não qualquer pergunta, mas questões de natureza científica, que necessite de métodos estruturados para respondê-las. Assim, faz-se necessário a adoção de discussões sobre temas relevantes, estruturantes, estratégicos e alinhados à sustentabilidade do negócio; conforme comentado anteriormente.

Empresas inteligentes e a gestão da complexidade:
Este cenário complexo em que se encontram os negócios é causado pela negligência dos líderes em não entenderem que quem dita os negócios são os consumidores e parceiros.

Para Gomes, a satisfação do cliente deverá sempre ser o principal alvo de uma empresa, “se for sincero e autêntico, o lucro virá como consequência natural de um processo que foi, totalmente, pensado, planejado e construído para oferecer satisfação ao cliente. Há uma soberania na escolha e não há como mudar o rumo com risco de perder ambos os elementos: clientes e lucro”, explica o professor.
Com este raciocínio torna-se necessário estudar a complexidade, porém, entendê-la já é um ponto difícil para grandes executivos. Segundo Marcello Lage, professor e membro do Núcleo de Estudos da Gestão da Complexidade da Business School São Paulo, é muito importante definir o que é a Complexidade. “Ela não é um modismo, tendência ou teoria. É um fenômeno no qual o mundo real se apresenta à nossa vivência. Para entendê-lo é necessário incrementar a capacidade de adaptação. As organizações que são capazes de desenvolver equipes, onde esta capacidade é cultuada como valor, tem maior capacidade de sobrevivência do que as outras”, explica Lage.

As empresas devem rever modelos e sistemas o tempo todo. A visão do grupo é muito importante, mas deve ser utilizada de forma fechada e aberta – um problema bem definido precisa de um foco fechado para sua solução.

O mesmo tipo de foco fechado não servirá para problemas periféricos, que em geral não são percebidos a tempo de encontrarem uma boa solução. A variação do foco também funciona para oportunidades que emergem a todo tempo. “Um líder jamais vai perceber uma oportunidade trazida pela equipe, se não abrir a visão para analisar pequenos detalhes. Costumo dizer a meus alunos e consultados, que todo absurdo deve ser considerado em ambientes competitivos”, relata Lage.

Fonte:  http://www.catho.com.br/carreira-sucesso/gestao-rh/gestao-da-mudanca-como-podemos-tornar-nossas-empresas-mais-inteligentes  

Caio Ribeiro da Silva – 820 

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