A
capacidade de aprendizagem de uma organização é sua maior vantagem competitiva.
Como podemos tornar nossas empresas mais inteligentes ?
Por
Samara Teixeira
O mundo
corporativo encontra, cada vez mais, desafios de liderança e de mercado. A
busca por ações que agreguem valores, os quais, irão tornar as empresas mais
competitivas e sólidas em tempos de mudanças e inovações, faz-se questionar
como podemos trabalhar com inteligência em meio a este cenário misterioso e
atraente.
A maneira
como as organizações estão se comportando é a grande discussão, pois as
organizações devem se preocupar com as tendências de consumo. Para o professor
Adriano Gomes, do curso de Administração da ESPM (Escola Superior de Propaganda
e Marketing), atravessamos as eras agrícola, industrial, de serviços e do
conhecimento e, atualmente, vivemos a era que se denomina era da Biociência,
onde o conhecimento aplicado ao bem-estar, qualidade de vida e longevidade do
ser humano são os elementos fundamentais.
O grande
desafio é fazer com que as corporações percebam que estão atuando em eras
passadas, e não enxergando a nova era em questão. “O caso brasileiro, então, é preocupante. A
maior parte das companhias de grande potencial econômico ainda estão alinhadas
a valores da era industrial, e nem sequer atingiram a era do conhecimento”,
afirma Gomes.
Os
desafios da liderança no desenvolvimento empresarial:
No
intuito de não atrasar o desenvolvimento e crescimento de seus negócios, as
lideranças estão, cada vez mais, agindo de forma agressiva e passando isso aos
colaboradores. “Algumas corporações estão optando por análises reducionistas
que simplifiquem o contexto e permitam decisões rápidas na base binária, ou
seja, sim ou não”, explica Luiz Algarra, designer de fluxos com foco em
inteligência colaborativa. Outras, estão adquirindo e processando mais
informações, tentando capturar o momento presente e as tendências futuras, mas,
geralmente, não conseguem aplicar as análises e acabam fazendo “mais do mesmo”.
Os
principais equívocos das lideranças estão na falta de habilidade em aceitar
ideias e dialogar com seus públicos internos e externos. “O líder tenta
resolver tudo sozinho tomando decisões a partir de sua experiência e ponto de
vista. Os gestores das empresas entendem que, de algum modo, a organização
espera que venha deles a resposta, e então assumem este papel que, nos dias de
hoje, é praticamente inviável”, afirma Algarra.
É
perceptível que existe a falta de conhecimento sobre gestão em todas as áreas,
e os proprietários e gestores tendem a serem aconselhados por amigos e
conhecidos que, na maior parte das vezes, não têm a devida capacidade e
conhecimento sobre o caso. Soluções rápidas e de baixo custo são as prediletas
e, obviamente, serão também as menos indicadas para problemas de natureza
complexa. “As empresa teimam em pronunciar que ‘na prática, a teoria é outra’,
sendo que, a verdade é que ‘na prática, a teoria é a mesma’”, afirma Gomes.
Inteligência
é a capacidade de resolver problemas, e dificuldades toda empresa terá em
qualquer tempo, sendo eles mais ou menos complexos. Assim, para tornar uma
empresa inteligente é fundamental que, em primeiro lugar, seja identificado o
verdadeiro problema.
Dar
respostas é infinitamente mais fácil que formular uma pergunta – não qualquer
pergunta, mas questões de natureza científica, que necessite de métodos
estruturados para respondê-las. Assim, faz-se necessário a adoção de discussões
sobre temas relevantes, estruturantes, estratégicos e alinhados à
sustentabilidade do negócio; conforme comentado anteriormente.
Empresas
inteligentes e a gestão da complexidade:
Este
cenário complexo em que se encontram os negócios é causado pela negligência dos
líderes em não entenderem que quem dita os negócios são os consumidores e
parceiros.
Para
Gomes, a satisfação do cliente deverá sempre ser o principal alvo de uma
empresa, “se for sincero e autêntico, o lucro virá como consequência natural de
um processo que foi, totalmente, pensado, planejado e construído para oferecer
satisfação ao cliente. Há uma soberania na escolha e não há como mudar o rumo
com risco de perder ambos os elementos: clientes e lucro”, explica o professor.
Com este
raciocínio torna-se necessário estudar a complexidade, porém, entendê-la já é
um ponto difícil para grandes executivos. Segundo Marcello Lage, professor e
membro do Núcleo de Estudos da Gestão da Complexidade da Business School São
Paulo, é muito importante definir o que é a Complexidade. “Ela não é um
modismo, tendência ou teoria. É um fenômeno no qual o mundo real se apresenta à
nossa vivência. Para entendê-lo é necessário incrementar a capacidade de
adaptação. As organizações que são capazes de desenvolver equipes, onde esta
capacidade é cultuada como valor, tem maior capacidade de sobrevivência do que
as outras”, explica Lage.
As
empresas devem rever modelos e sistemas o tempo todo. A visão do grupo é muito
importante, mas deve ser utilizada de forma fechada e aberta – um problema bem
definido precisa de um foco fechado para sua solução.
O mesmo
tipo de foco fechado não servirá para problemas periféricos, que em geral não
são percebidos a tempo de encontrarem uma boa solução. A variação do foco
também funciona para oportunidades que emergem a todo tempo. “Um líder jamais
vai perceber uma oportunidade trazida pela equipe, se não abrir a visão para
analisar pequenos detalhes. Costumo dizer a meus alunos e consultados, que todo
absurdo deve ser considerado em ambientes competitivos”, relata Lage.
Fonte: http://www.catho.com.br/carreira-sucesso/gestao-rh/gestao-da-mudanca-como-podemos-tornar-nossas-empresas-mais-inteligentes
Caio
Ribeiro da Silva – 820
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