segunda-feira, 23 de abril de 2012

A Teoria dos Jogos



Um dos mais antigos achados sobre o tema da TJ foi na Grécia antiga, onde se observa que Sócrates discorria sobre o seguinte dilema: Para que lutar? Se seu povo está fadado ao fracasso, você vai simplesmente morrer sem ter condição de ajudá-lo, e, se seu povo está fadado a vitória você não vai fazer a diferença, pois são muitos. Assim, qualquer um que for convocado para a guerra se deparará com apenas uma alternativa racional: não ir para a guerra.


Segundo Raul Marinho, em seu áudio-livro, no cotidiano verifica-se que é pelo mesmo motivo que os motoristas de determinados carros não usam o catalisador. Veja: se o meio ambiente desta cidade está poluído, o meu carro não vai fazer a diferença, e, se o meio ambiente desta cidade está limpo, o meu carro também não vai fazer a diferença. Portanto, as opções se diluem em apenas uma: não usar o catalisador, até porque quando não se usa o catalisador, economiza-se combustível.


Entretanto, teremos nos dois casos: nas guerras de Sócrates e no uso do catalisador uma perda irremediável, caso todos decidam racionalmente. Ninguém irá para a guerra causando uma perda obvia, e, ninguém usará o catalisador, contribuindo para um inevitável fim (perda).


Portanto, a TJ estuda meios para vencer tais dilemas. No caso do catalisador o meio de escape é uma legislação que estabeleça punição para quem não use o catalisador. Já no caso de Sócrates, a solução foi oferecida pelo conquistador espanhol Hernán Cortez. Ao desembarcar no México, para lutar contra o império asteca, imaginou que seus homens não iriam lutar (estavam com medo), então, ao desembarcar, queimou todos os navios. O curioso é que os Astecas vendo isso perceberam a confiança do inimigo e se renderam sem derramar uma gota de sangue.


Aplica-se em qualquer empresa atual, que se vendo ameaçada pelo concorrente demonstra extrema confiança. Exemplo, O JOGO: Duas empresas de advocacia na briga pelo contrato de uma multifuncional. A REGRA: Cada uma possui duas opções: 1- enfrentar (ou ganha ou as duas perdem, pois o preço do serviço será baixo, consequentemente); 2- desistir (perde ou empata, caso as duas desistem juntas). A SAÍDA - VENCER. Uma delas já compra um terreno do lado do cliente, já começa a construir o edifício e já oferece consultorias jurídicas aos funcionários dessa multinacional. A outra já limita suas opções pois se continuar nessa briga, os preços abaixam (todos perdem), pois agora tem certeza que a outra não vai desistir.

2 comentários:

  1. Gostei muito da sua postagem Daniel, é motivadora. O medo do fracasso muitas vezes nos conduz ao próprio fracasso, pois, nos impede de colocar "pra fora" o que temos de melhor. E a capacidade de melhorar nesse aspecto depende de em maior parte de nós mesmos; a motivação externa contribui.

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  2. Ás vezes nós deixamos iludir pelo pensamento de que as ações de uma só pessoa não fazem diferença, e com isso vem o comodismo , pois alguns já acreditam ter um destino traçado ao fracasso. Uma única pessoa pode ser realmente insignificante, mas e se todos pensarem assim ?
    ´´Não há sucesso sem luta´´. (Ana Paula)-861

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