Os cargos integram a forma estrutural de uma organização. São eles os responsáveis pelas atribuições de cada pessoa distribuindo atividades e tarefas a serem realizadas. Tal forma condiciona um efeito determinístico na configuração, no nível de especialização, bem como na distribuição de colocações.
O desenho organizacional nada mais é do que a representação estrutural da empresa, demonstrando a maneira pela qual seus órgãos e cargos estarão arquitetados e distribuídos. Em geral, quando se pretende saber o que uma pessoa realiza na empresa, questiona-se qual a função desempenhada. Com isto, identificamos as atribuições do colaborador na corporação. Para esta, o cargo constitui a base da aplicação das pessoas nas tarefas organizacionais. Já para a pessoa, ele personifica a fonte de expectativa e de motivação na empresa em que trabalha.
O cargo é um composto de todas as atividades desempenhadas por um indivíduo (o ocupante, por sinal) que podem ser reunidas em um todo compactado e figurar em determinada posição formal do organograma da organização. A posição do cargo no organograma define o nível hierárquico e, conseqüentemente, o departamento ou divisão em que está localizado.
Sob a vertente horizontal, cada cargo atrela-se a outros do mesmo patamar hierárquico, que, geralmente, recebem uma equivalência (diretores, gerentes, chefes etc). Entretanto, no prisma vertical cada função está incluída em algum departamento, área, ou divisão empresarial, sendo propositalmente desenhados, delineados, projetados e estabelecidos em uma racionalidade: a busca da contínua eficiência organizacional.
As empresas necessitam manter uma relação adequada entre o tamanho de seu arcabouço de cargos e o volume de seus negócios. Deve haver, sobretudo, uma proporção nas operações efetuadas. Essa proporção corresponde à razão existente na estatura e no peso que as pessoas precisam de modo a conservar sua saúde.
Peter Drucker, já notara que cada nível adicional de gerência tende a eliminar pela metade a possibilidade de as informações serem transmitidas corretamente, enquanto, paralelamente, tende a dobrar a quantidade de ruído no sistema. Os níveis gerenciais fazem parte do elo de uma cadeia: cada um deles acrescenta um certo reforço em prol da manutenção do equilíbrio funcional, mas devem ser freqüentemente monitorados a título de feedback.
Assim sendo, podemos concluir que a estrutura de cargos é dependente do desenho organizacional em que está inserida. Esta, por sua vez, agregará ao desenho de cargos uma gestão gloriosa de seus recursos humanos. Indubitavelmente, o conhecimento acerca desta área de modelagem de cargos torna-se imprescindível à obtenção de objetivos da empresa.
Vânia Lúcia(1457)
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