A remuneração de cargos sempre foi o principal pilar de sustentação do sistema de recompensa no setor público. Contudo, é pela remuneração de cargos que surgem as zonas de conforto, os desequilíbrios, as desagregações, as dispersões, as acomodações e os sentimentos de desvalorização funcional. Isso, porque a remuneração de cargos despreza as pessoas, gerando recompensa igual aos desiguais.
Atualmente a possibilidade de as organizações criarem padrões estruturais e orgânicos para a gestão de remuneração por resultados, a partir do desempenho da instituição, das equipes de trabalho e das pessoas, em paralelo à remuneração do cargo é mais bem visto quando se quer melhorar resultados. Se isso não ocorre, é porque culturalmente essa premissa ainda não é assimilada na maioria das estruturas de gestão no país.
É pela remuneração de pessoas que os talentos são recompensados e retidos, pois é justo remunerar melhor quem desempenha melhor.
A remuneração de cargo estimula a estagnação, pois esta é inclusive alcançada, em muitos casos, por promoções (antigüidade); a remuneração de pessoas estimula a mobilidade, pois o impulso funcional e parte da recomensa remuneratória depederá da competência demonstrada e da produtividade apresentada.
Pedro Augusto Alves Ladeira (er00823)
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