Comprei minha primeira empresa sem ter muito conhecimento sobre gestão
Minha primeira empresa, uma franquia de escola de idiomas, eu comprei porque tive uma grande oportunidade. Eu não estava pensando em ter um negócio próprio quando fui convidada por meus antigos colegas de trabalho a entrar numa sociedade e assumir a primeira franquia da escola, cuja dona estava de mudança para o exterior.
Compramos a escola em 1998 e os primeiros anos foram muito difíceis, pois eu não sabia o que era ser gestora e nem ao menos sabia se eu queria trabalhar assim. No início, eu e meus sócios fazíamos longas reuniões para discutir questões muito pequenas. Foi uma época de muito aprendizado, mas hoje, já sócia de uma outra franquia da mesma rede, não consigo me imaginar trabalhando em outra área.
Minha história com a Seven começou no ano de 1990, quando fui contratada para trabalhar como professora. A partir de então construi minha carreira de maneira que me tornei coordenadora pedagógica da unidade sede da escola e também da primeira franquia que foi aberta, no Jabaquara.
Quando a então franqueada resolveu vender a unidade - ela estava se mudando para o exterior - eu fui convidada por outros coordenadores de outras áreas da empresa para juntos comprarmos a Seven Jabaquara. Eu aceitei mas nos dois anos seguintes ainda continuei trabalhado também na minha antiga função para conseguir o dinheiro e quitar minha dívida com a compra da empresa.
Foi uma época extremamente complicada, pois nenhum de nós - quatro sócios - tínhamos qualquer experiência anterior em gestão de empresas e nossas dúvidas era inúmeras, apesar do apoio da franqueadora que tivemos desde o início, inclusive com cursos de liderança, que foram importantíssimos.
Além das dificuldades naturais que uma mudança como esta traz, tínhamos ainda algumas necessidades urgentes, como a de mudar de local, pois o prédio em que estávamos era muito pequeno para a quantidade de alunos que conseguimos matricular nos nossos primeiros meses e a estrutura nos fez passar por algumas situações embaraçosas.
No ano de 2002, quando um dos sócios já tinha abandonado o negócio por descobrir que não queria ser gestor, finalmente fizemos a mudança da escola para um prédio na Vila Mariana. Apesar do risco da perda de alunos de ir para um local a duas estações de metrô de distancia, conseguimos manter 60, dos 63 alunos que tínhamos na época.
Com a mudança do prédio e uma estrutura muito melhor, começamos a conquistar nosso crescimento mais significativo. Hoje, temos cerca de 350 alunos na unidade Vila Mariana e eu e minha sócia – permanecemos apenas as duas – também compramos uma outra franquia Seven e inauguramos a unidade na Vila Leopoldina, que já conta com mais de 200 alunos.
Hoje vejo que a oportunidade de comprar minha primeira empresa foi essencial, pois eu não teria tido a iniciativa de começar um negócio na época e o crescimento pessoal e profissional que isso me trouxe foram muito significativos. Além de tudo, a compra de uma franquia na empresa onde eu já estava me permitiu continuar em contato com o que eu fazia e hoje, ainda na área, tenho uma visão mais ampla da companhia.
Na época, gerir um negócio era algo que não me passava pela cabeça e hoje não consigo imaginar como seria minha vida se eu não tivesse dado este importante passo na minha carreira. Além de me oferecer uma qualidade de vida muito melhor, ter uma empresa me trouxe um enorme crescimento pessoal e profissional.
http://www.rhcentral.com.br/artigos/artigo.asp?cod_tema=2551
Cecilia C Batista ( 61 )
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