quinta-feira, 10 de maio de 2012

Entrevista com Thomas Stewart


Oi pessoal, resolvi deixar mais uma postagem sobre capital intelctual, só que desta vez é uma entrevista realizada em uma conferência em São Paulo com o Thomas Stewart idealizador do conceito de Capital Intelectual e editor-chefe de Harvard Business Review.

Thomas Stewart afirma que o capital intelectua tem vida longa pois pode criar riquezas e gerar trasnformações e ainda diz que o capital é o diferencial para sobreviver no mundo competitivo.



Confira abaixo uma "parte" da entrevista dada à Manager Online e para acessá-la na integra click no link: http://www.manager.com.br/reportagem/reportagem.php?id_reportagem=1080

Manager – Como o capital intelectual gera essa riqueza?

Stewart
- Nós recebemos informação o tempo inteiro. Seja de jornais, informações online etc. São apenas dados, informações – e não conhecimento. Não é capital intelectual. Capital intelectual tem uma vida longa. Pode criar riqueza, pode mudar, pode gerar transformações.A parte fundamental é demonstrar que o capital intelectual é o capital mais importante que existe no mundo. Ele é mais importante do que os recursos naturais, mais valioso do que um terreno, uma fábrica. São as idéias que podem ser transformadas e têm uma continuidade. Ao mesmo tempo, o capital intelectual pode criar grande riqueza, mas se torna obsoleto muito rápido. Todo capital sofre uma deterioração. O caminhão que não funciona há muito tempo é um exemplo. Qualquer coisa precisa mudar. Eu acho que o capital intelectual tem um nível de deterioração mais lento, uma velocidade mais lenta.

Manager – Dá para exemplificar?

Stewart
- O exemplo para a diferença entre informação e os arquivos de conhecimento, que é o capital intelectual, é a dinâmica, a mudança contínua. O conhecimento que se adquire nessas mudanças é o capital intelectual, o ativo que permanece. Eu gostaria de dar outro exemplo de capital intelectual. Você pode investir milhões de dólares num software novo. Depois vem alguém e copia ou desenvolve um outro com a mesma função. O que fazer? (risos)

Manager – Boa pergunta (risos), mas o senhor mesmo pode respondê-la...

Stewart
- A natureza da competição é essa. Esses valores que são criados, o valor do conhecimento. Existem dois modelos de negócios para isso. Por exemplo: quando você tem um software que é aberto, ele está disponível para todo mundo. É uma coisa de muito valor que foi criada por muitas pessoas e a propriedade desse conhecimento é de todos, é compartilhada. O conhecimento é um produto. Existem estratégias para vender e negociar esse produto. É muito mais fácil trabalhar com esse tipo de conhecimento do que com um produto como um automóvel. As regras de competição evoluem nesses exemplos. No software, por exemplo, as regras em certos casos mudam. Todas as regras ocuparão um bem físico. Quando você tem um artigo intelectual, as regras são diferentes.


Manager – Como as empresas podem valorizar e extrair mais da diversidade de perfis de seus funcionários?

Stewart
– Existem vários perfis. Não são todos iguais. Pode ser um tecnólogo numa empresa de tecnologia da informação, um banqueiro de investimentos, um técnico especializadíssimo, um pesquisador de laboratório, pode ser um gerente que tem uma capacidade excepcional de unir uma equipe, de fazer essa equipe funcionar. O importante é que essas são pessoas estão criando algo de grande valor que a empresa poderá vender. Então, a empresa terá que prestar atenção no que esses funcionários pretendem.

Manager – Qual é, neste conceito de capital intelectual, a sua definição para talento?

Stewart
- É simples. É um grupo de indivíduos que tem uma habilidade muito difícil de substituir.



Manager - Antigamente, as escolas de administração criavam o pensamento sistemático e racional. Hoje, as mudanças são muito rápidas e tudo é imprevisível. O que as escolas de administração devem fazer para criar líderes?

Stewart
- Boa pergunta. A minha perspectiva é a seguinte: eu moro próximo da Harvard Business School e vejo essa discussão com grande freqüência. Existem várias coisas a se pensar. A primeira é que as escolas de administração têm que pensar seriamente em que tipo de alunos elas querem atrair. Muitas pessoas vão às escolas de administração, por achar que é uma passagem para a grande riqueza. As pessoas vão lá para encontrar outras pessoas que acreditam que serão ricas e para criar uma rede de conhecimento, de pessoas que conhecem, e isso é importante. Francamente, elas não têm uma grande curiosidade intelectual. Claro que o que estava dizendo não se aplica ao corpo docente das universidades. O corpo docente é muito interessado, brilhante. Acho que as escolas de administração devem se concentrar em como tomar decisões, ensinar como tomar decisões, como coletar conhecimento suficiente para uma boa tomada de decisão. As pessoas devem ser ensinadas a tomar decisões de forma interessante, como a Harvard faz. Histórias de sucesso, fazer com que as pessoas discutam e debatam idéias, que cheguem a pensar e, depois disso, ensinar a elas o ouvir. Talvez essa seja a parte mais difícil.





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