Todos os benefícios e facilidades são instituídas em busca
da plena satisfação e realização do colaborador, parceiro ou associado. Campos
esportivos, piscinas, academias de ginásticas, creches, escolas e todo um
aparato pedagógico destinado aos filhos dos empregados, espaços de convivência,
grupos de dança e de coral, Happy-hour, salas de jogos, home-theather, enfim, é
posto à disposição do empregado todo um conjunto de facilidades e confortos
absolutamente impensáveis para o nível de renda familiar dos usuários. Para os
profissionais altamente qualificados, além de todas essas facilidades, ainda
são oferecidos telefones celulares e lap-top’s para que possam acessar à
organização todo o tempo, onde quer que estejam. O local de trabalho passa a
ser um excelente espaço para estar e ficar, tão prazeroso que dele não se
deseja sair, mesmo quando o expediente encerra-se, nos fins-de-semana e nos
feriados e até mesmo durante as férias. Usufruir dos privilégios que a empresa
oferece é melhor do que as limitações próprias de uma residência de classe
média ou média baixa dos empregados no Brasil. É preciso que se perceba melhor
quais são as motivações que levam de fato as organizações a oferecer tantos
benefícios. Respeito genuíno aos seus recursos humanos ou estratégia para
retê-los cada vez mais tempo no trabalho? Tudo isto pode ser fantástico,
provavelmente não para o empregado, mas para os interesses de sua organização.
Esses privilégios muitas vezes não são gestos altruísticos de reconhecimento do
valor do Homem no trabalho, mas estratégias manipulativas ardilosamente
engendradas para induzir o trabalhador a dedicar cada vez mais parcela de seu
tempo, energia e talentos à organização, em prejuízo da qualidade de sua vida pessoal,
da própria família e dos diferentes papéis e relações sociais que exerce na
sociedade.
Pedro Augusto Alves Ladeira (823)
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