Evidente que a chave para um bom planejamento de RH está no perfeito entendimento da relação que se estabelece entre os elementos que compõem a função de Gestão de Pessoas e de como ela permite que os mesmos sejam combinados e alinhados numa relação de causa e efeito para traduzir seus esforços em valor real para a organização. Somente a partir da compreensão dessa lógica de criação de valor é possível traçar o caminho para o futuro, estabelecendo e priorizando objetivos e metas naquilo que chamamos de planejamento de Recursos Humanos.
Cada organização pode criar sua própria interpretação de alinhamento e compor de forma exclusiva a cadeia de relações entre os produtos, interesses e recursos que sustenta a função de RH. Sua missão, sua visão, sua história, seus valores, suas crenças e sua tecnologia, entre outros, são fatores que vão condicionar o desenho a ser produzido. Mesmo assim, um modelo pode ser adotado como ponto de partida para configurar essa lógica de geração de valor.
Para a construção desse modelo necessito recorrer ao conceito de mapa estratégico dos professores Kaplan e Norton, em especial à estrutura de perspectivas por eles utilizada. Não exatamente as mesmas perspectivas – Financeira, Clientes, Processos e Aprendizado e Crescimento – mas uma adaptação que permita transitar entre os interesses da organização e dos colaboradores, apoiado nos principais processos da função da gestão de RH e nas exigências de aprendizado e crescimento dos colaboradores que devem suportar esses processos. Em cada uma delas, vou destacar elementos básicos a serem considerados no planejamento de RH em relação aos quais devem ser estabelecidos os indicadores e objetivos do plano.
Pedro Augusto Alves Ladeira (er00823)
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